88 Anos de Conquistas
São 88 anos - quase nove décadas - que se resumem em quatro palavras:
Esforço, Dedicação, Devoção e Glória
São quase noventa anos de orgulho, de vitórias, de conquistas, prestígio e integridade. É este o percurso do Sporting Clube de Portugal desde a sua Fundação, a 1 de Julho de 1906.
E todos temos saudades desse Sporting, é uma saudade quase fúnebre esta que nos assola, que nos invade a cada 90 minutos de futebol, a cada declaração das “altas patentes”, a cada demonstração de pequenez e de resignação pela actual e calamitosa situação do clube. O Sporting, aquele Sporting que amamos e que aprendemos a gostar desde pequeninos, aquele Sporting que nos enche de alegria a cada golo, apenas existe, hoje, actualmente, na nossa cabeça.
Esse Sporting não existe mais.
O Sporting de que gostamos é o produto fantasioso da nossa mente e do nosso coração, é a esperança que nunca morre, é o sentimento de pertença a um clube que não esmorece, quer na vitória quer na derrota e é isso que nos diferencia dos outros.
Porém, é também essa diferenciação de que tanto nos orgulhamos que nos fez chegar a este ponto sem retorno, o fundo do poço, sem saída possível.
“Obrigado pela ressurreição do nosso Sporting”
Dizia hoje um sócio na Sessão de Esclarecimento.
Proferir uma frase destas é um insulto a cada troféu que o Sporting tem no seu museu, é uma infâmia e uma afronta aos 88 anos de história do clube e, principalmente, aos seus fiéis seguidores, aqueles que vivem e respiram Sporting 24 horas por dia, 7 dias por semana, como nós.
As primeiras pazadas na sepultura do Sporting foram dadas em 1995 por José Roquette e pelos sócios coniventes com tal projecto ruinoso e que ainda hoje está de pé, de pedra e cal na estrutura do clube. A cova continua a ser cavada hoje, 16 anos depois, por Godinho Lopes e por todos aqueles sócios que votaram, conscientemente, em si e no seu projecto (perdão, ideias) para o Sporting. É a todos e a cada um deles que se devem apontar armas, que devem ser responsabilizados, acusados e expostos.
O maior património que o Sporting tem é também aquele que o destruiu, os sócios.
Para além de todos os malfeitores, de todos os bandidos e canalhas que se sentaram - e ainda hoje sentam - na cadeira do poder em Alvalade e que são a ruína desportiva, financeira e patrimonial do clube, os maiores culpados de toda esta desgraça e vergonha são os sócios do Sporting. Muita razão tinha Carlos Barbosa. Sábias palavras. Quem, hoje, seja sócio ou adepto com o mínimo de maturidade, capacidade de compreensão e de raciocínio diga e afirme que o Sporting está bem e recomenda-se só pode sofrer de qualquer anomalia psicológica. Quem apoia a mediocridade, a pequenez, o conformismo, a resignação e a bebedeira desportiva em que nos encontramos não pode ser do Sporting, não pode gostar do Sporting. Ou isso ou desconhece, por completo, a história e pergaminhos deste clube que um dia ambicionou ser um dos maiores da Europa.
Com a maior das sinceridades, do fundo do meu coração e do “alto” dos meus (quase, quase) 24 anos, não compreendo por muitas voltas que dê, a mentalidade de pessoas como certos grupos de sócios do Sporting, encabeçados na excelentíssima pessoa de Rui Oliveira e Costa, o cabecilha de um Conselho Leonino amorfo, acoleirado e vendado. A esses não reconheço eu Sportinguismo. Aos que aplaudem incessantemente, no intervalo de um jogo em Alvalade, o responsável pela derrapagem nos custos do estádio que tanto nos prejudicou, o responsável máximo por não termos um pavilhão para as modalidades, o responsável máximo do assassinato do símbolo do clube, o responsável de uma Academia luxuosa que embora dê (algum) rendimento desportivo, é um peso muito caro para o sustento do clube. A ignorância e a vontade de assim continuar de certas pessoas enoja-me, deixa-me doente, revoltado, com vontade de deitar tudo para trás das costas e deixar, de vez, de me preocupar com o Sporting.
Mas a produção fantasiosa da minha mente é mais forte e não me deixa afastar de Alvalade.
“Não subam de divisão, não temos dinheiro para suportar”
Assim mesmo, escrito a vermelho.
A maior vergonha deste clube, os seus dirigentes.
Pedir a uma equipa de Hóquei Patins que na sua maioria é composta por gente muito nova, para perderem jogos (que no fundo é isso que estão a pedir) e não subirem de divisão porque o Sporting não tem como suportar os custos é ultrajante, vergonhoso e embaraçoso para qualquer Sportinguista… menos aqueles que concordam “que se fale a verdade” e que apoiam esta medida, numa altura em que “Não temos dinheiro para mandar cantar um cego” e andar a pintar escadas, passeios, muros e futuramente os mastros do estádio tudo de um verde berrante que transfigura para pior o nosso já irreconhecível estádio, é de uma acefalia atroz e enxovalhante.
Temos dirigentes com capas de compadrios, como podem comprovar os testemunhos do Chirola, jnrodrigues e painatalao entre outros, que poluem o Sporting, que asfixiam qualquer restea de orgulho Sportinguista remanescente, que mentem sem qualquer vergonha na cara dos sócios tão naturalmente como quem bebe um copo de água. Temos dirigentes que se servem do clube, vai para duas décadas, em vez de servirem o clube. Usam o Sporting para obter benefícios pessoais, ambições desmedidas e tachos para amigos e familiares. O Sporting é hoje o sonho da Filipa Vacondeus.
Pobres são os velhos que se lembram de outro Sporting, de Joaquim Agostinho, Livramento, Yazalde, Jordão e olham para este Sporting com tristeza, com descrença e desmotivação. Só eles e apenas eles saberão a inimaginável diferença entre o clube que amaram e a instituição desportiva que hoje vêm pisar o relvado de Alvalade. Quando morrerem vão partir com a angústia de saber que o seu querido clube caminha para a ingovernabilidade, para o caos e desordem.
Para a extinção.
Sporting Clube de Portugal,
Fundado a 1 de Julho de 1906
Falecido a 2 de Junho de 1995
[center]PAZ À SUA ALMA
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