A mudança para o Porto e para o Benfica é indiferente. Na prática tudo se mantém. Não é comum ver um clube emprestar mais do que 2/3 jogadores, além disso, é comum que dê diarreia ao jogador na semana do jogo, diarreia essa que se alastra até ao dia do jogo, sendo que, no dia seguinte ao jogo, dia de folga, é altura de limpar a m*rda de casa para voltar aos treinos, já livre de problemas intestinais.
Deixam de existir os tais problemas intestinais, bem como as lesões musculares que aparecem subitamente ao sair da cama, bem como as dores no dedo mindinho que impedem o jogador de levantar o braço.
Quais os benefícios desta medida? Não são muitos, nem são muito grandes, mas são simples. Deixa de existir a conversa do “já se sabe que no dia do jogo vai ter diarreia”. Para quem ache que isso é um benefício, também deixamos de correr o risco de apanhar um jogador que nos foi emprestado em dia sim e que nos faz a cabeça em águas de bacalhau (para mim, não é benefício).
Concordar com a medida até concordo, mas é uma medida ineficaz. É ineficaz porque não vem produzir qualquer alteração: vem sim, legalizar comportamentos que já anteriormente eram prosseguidos. O ideal passaria por admitir o empréstimo de 1 jogador a cada clube; no máximo, emprestar 2 jogadores.
O fosso que existia continua a existir, não aumenta, não diminui, mantém-se o mesmo. Não vejo qualquer diferença com esta “medida”. O problema que existia continua a existir e este nem é o mais grave.
É que a caganeira nos emprestados ainda se admitia porque… eram emprestados, logo, pertenciam ao clube que os cedia, portanto, fazia sentido que o clube pudesse negar a utilização do jogador contra si. Não obstante, o problema não está aí: está sim nas transferências obscuras que, na prática, são empréstimos e que funcionam, por exemplo, entre o Benfica e o Belenenses. Aí sim temos casos problemáticos. Aí sim há muito espaço para melhorar, bem como há muito espaço para preocupação. Estas supostas vendas que não têm nada de venda e que no dia do jogo desfalcam tremendamente a equipa. O Belenenses na temporada passada funcionou como um autêntico clube-satélite do Benfica. Aí é que reside o maior problema e esse é aquele que, neste ponto, me parece merecer maior atenção.
Esta dos empréstimos? Pff… Não altera nada. Se reduzissem o número de emprestados, aí sim, alterava qualquer coisita, mas, mesmo assim, continuava a ser necessário lutar contra as situações que referi anteriormente.